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Projetos ABC, Paisagens Rurais e Macaúba compartilham avanços

Cerca de 35 pessoas participaram da oficina intersetorial Reflexões sobre os Avanços dos Projetos – FIP ABC, Paisagens Rurais e Macaúba no contexto do Programa de Investimento Florestal do Brasil PIB/FIP, realizada no dia 26 de outubro na modalidade on-line.

O evento reuniu produtores rurais participantes dos projetos, além de gestores e técnicos das entidades executoras como o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério da Economia (ME), Innovative Oil And Carbon Solution (Inocas), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ) e Banco Mundial.

O objetivo foi compartilhar os resultados e avanços dos projetos, ampliar o canal de diálogo com os beneficiários finais: produtores rurais, técnicos de campo e gestores regionais dos projetos, além de coletar elementos para avaliação sistemática do programa.

A especialista sênior em Meio Ambiente e coordenadora dos projetos FIP pelo Banco Mundial, Bernadete Lange,  reconheceu o esforço das equipes na implementação dos projetos, especialmente no último ano, que trouxe desafios atípicos e muitos aprendizados com a pandemia.

Ela destacou a visão geral do Programa de Investimento Florestal no Brasil, em especial o legado deixado pelos projetos. “O Banco tem esse papel dentro do FIP, de articulação e suporte entre os diversos desenvolvedores, com regras financeiras, ambientais e sociais. Mas a gente consegue ver os aprendizados que as experiências com esses projetos deixam nessas comunidades e para esses produtores e produtoras”, enfatizou Bernadete.

Na apresentação do FIP ABC, foi destacada a importância da capacitação e assistência técnica para adoção de tecnologias pelos produtores. Já o FIP Macaúba demonstrou o êxito do projeto no Cerrado e a expansão das atividades para a Mata Atlântica e região da Amazônia Legal, por também apresentarem potencial de cultivo da palmeira macaúba.

Os participantes puderam ouvir alguns beneficiários finais dos projetos. Acompanhados dos técnicos de campo, produtores rurais de Minas Gerais e da Bahia participaram das discussões e compartilharam um pouco das suas impressões. O produtor de Uberaba que participa do projeto FIP Paisagens Rurais Maurício Barbosa Celestino contou que investiu em análise para recuperar o solo e espera ver os resultados no próximo ano.

“Estou satisfeito com os resultados até agora. Já ajudou bastante na produção e vai ajudar ainda mais ano que vem, com a economia que eu vou fazer na época da seca. Com a recuperação do solo e a programação da alimentação do gado, não vou ter mais o gasto que tive este ano”, avaliou.

PREPARO PARA A SECA

A preocupação com o período de estiagem também foi ressaltada pelo produtor Paulo Roberto Dias, de Veríssimo, no triângulo mineiro. Ele contou que vem trabalhando muito na parte de capineira (campim forrageiro que protege o solo) para aguentar a seca no ano que vem. “O projeto é bom e estou sendo bem atendido. Estou preparando o terreno para plantar mais cana e aumentar a minha produção de capim para aguentar a seca, porque esse ano foi feio”, desabafou.

Já o produtor de leite de Sítio do Mato, no oeste da Bahia, Renato da Conceição, destacou o aspecto gerencial da assistência técnica (ATeG) recebida por meio do projeto FIP Paisagens Rurais. “Com a ATeG, estou conseguindo melhorar a produtividade e ter uma noção do que está acontecendo em toda a propriedade. Antes eu não tinha esse controle. Foi feito um levantamento de dados e hoje conhecemos os números da atividade. Melhorou bastante na parte da alimentação dos animais, recuperamos áreas e consegui passar a seca mais tranquilo esse ano”, celebrou.

 RESULTADOS

 Na última parte da oficina, os participantes se reuniram em grupos separados para discutir os resultados alcançados, pontos positivos e negativos dos projetos. Em uma plenária final, alguns destaques foram compartilhados. O FIP ABC Cerrado, por exemplo, que encerrou suas atividades em 2019, ressaltou a criação de um comitê articulado de acompanhamento das atividades como a “cereja do bolo” para o sucesso das ações.

O FIP Paisagens Rurais destacou a integração de políticas públicas relevantes, como a implementação do Código Florestal e o Plano ABC+, além de plataformas e ferramentas que estão sendo fortalecidas por meio do projeto, como o TerraClass, o WebAmbiente, da Embrapa, e o SISATEG, do Senar. Já o FIP Macaúba, ressaltou o caráter inovador da iniciativa e destacou os ganhos de sustentabilidade dos setores envolvidos.