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Segundo dia de Oficina aborda regularização ambiental, monitoramento e produção sustentável no Cerrado

Parque Nacional Chapada dos Veadeiros. Foto: Marcelo Scaranari

Com 54 pessoas na sala, o segundo dia da Oficina de Monitoramento promovida pelo FIP Coordenação deu continuidade à troca de informações para auxiliar no estabelecimento de sinergias e compartilhamento dos resultados dos projetos do Programa de Investimento Florestal (FIP) no Brasil.

Neste segundo dia, apresentaram os principais resultados e desafios os projetos FIP CAR (Cadastro Ambiental Rural), FIP Paisagens Rurais e FIP Monitoramento Cerrado. A analista ambiental no Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e coordenadora técnica do FIP CAR, Lilianna Mendes Latini, falou sobre o estado atual do projeto que é responsável pelo cadastro ambiental das propriedades rurais em 11 estados do bioma Cerrado.

Segundo ela, a principal novidade é a celebração do Projeto de Cooperação Técnica Internacional (PCT) com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). “Estamos na fase de finalização da minuta do PCT que será encaminhada para Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério de Relações Exteriores. Com a celebração do PCT com o IICA, a capacidade de execução do Projeto FIP CAR aumenta substancialmente”, destacou. A formalização do PCT está prevista para dezembro de 2020. O IICA terá a função de agente executor do projeto.

PAISAGENS RURAIS

O assessor técnico da Cooperação Técnica Alemã – GIZ, Adolfo Dalla Pria, apresentou o FIP Paisagens Rurais, que tem a meta de atender 4 mil imóveis rurais, recuperar 7 mil hectares de vegetação nativa e 100 mil de pastagens degradadas. Ele informou como o calendário de campo foi afetado pela pandemia Covid-19.

“Tivemos que passar por uma mudança na estratégia de capacitação dos técnicos rurais por conta da pandemia. A modalidade on-line está sendo um aprendizado para todos os envolvidos”, disse. O projeto prevê a contratação de mais de 200 profissionais de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Até o momento, foram contratados 70.

Ainda assim, ele afirma que o projeto continua em andamento, mesmo com todas as limitações impostas pela pandemia. “Estamos na fase de identificação dos proprietários rurais que serão atendidos. Os técnicos do Senar estão aplicando questionários no campo para identificá-los, seguindo todas as recomendações sanitárias de proteção contra Covid-19”. Nesta fase, observou-se que 63% são produtores entrevistados trabalham com bovinocultura de corte e 27%, de leite.

Outro destaque apresentado por Adolfo foi a parceria com a Embrapa Cerrados para a publicação de um guia com 300 espécies que podem ser usadas para a recuperação da vegetação.

MONITORAMENTO DO CERRADO

O projeto que trabalha para desenvolver e aprimorar o monitoramento do desmatamento e do fogo no Cerrado teve como porta-voz o seu coordenador técnico, Jean Ometto. Ele destacou a importância da série histórica do monitoramento elaborada pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Jean Ometto destacou as sinergias com os colegas de carteira, FIP ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e Paisagens Rurais, a partir do trabalho desenvolvido no site Terrabrasilis e na plataforma Cerrado DPAT, recentemente lançada em parceira com a Universidade Federal de Goiás (UFG). “Temos também, disponível para consulta, pela sociedade, uma ferramenta que mostra a suscetibilidade da vegetação para queima do ponto de vista meteorológico: o hotsite Risco de Fogo, no âmbito do Programa de Queimadas do Inpe”, disse. Os modelos de espalhamento de fogo desenvolvidos com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) colaboraram com esse trabalho.

Ao final das apresentações, os representantes do dia responderam a perguntas dos participantes a respeito do andamento dos projetos. As perguntas versaram sobre o aprimoramento do sistema do Inpe que calcula as emissões de gases de efeito estufa e demais encaminhamentos sobre possível continuidade dos projetos.