FIP Paisagens Rurais promove oficina com parceiros em Mato Grosso do Sul

Em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, o projeto FIP Paisagens Rurais promoveu uma oficina de apresentação para os parceiros do estado, no último dia 24 de junho. O evento finalizou a rodada de encontros virtuais com as entidades parceiras nos sete estados de atuação do projeto e reuniu mais de 50 pessoas.

A coordenadora-geral de Apoio aos Estados da Diretoria de Regularização Ambiental do Serviço Florestal Brasileiro, Jaine Cubas, afirmou que o projeto FIP Paisagens Rurais é estratégico para a entidade porque trará subsídios para a regularização ambiental e para “melhorar a paisagem dentro de um ecossistema de pastagem e recuperação produtiva”.

Em sua fala de abertura, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, destacou a importância do projeto, que está alinhado à estratégia de desenvolvimento sustentável do estado e contribui para avanços na meta de Estado Carbono Neutro. “É um grande desafio construir esse desenvolvimento sustentável junto aos produtores, por isso é importante o engajamento de todos os parceiros para atingirmos as metas, tratando de forma adequada o uso de solo e fazendo a recuperação ecológica de algumas regiões”, declarou.

A oficina buscou identificar atores locais para a formação de redes e o fortalecimento de parcerias. A programação contou com uma discussão sobre as estratégias e ações do governo estadual na implementação da agenda de regularização ambiental, com a participação do diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), André Borges, e uma apresentação sobre o Programa Estadual de Conservação de Solo e Água, feita por Rogério Beretta, da Semagro.

Para Sidney Medeiros, auditor fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e um dos gestores do projeto, o Paisagens Rurais é inovador e vai proporcionar melhoria de renda para o produtor e contribuir para que ele se adapte às mudanças climáticas e faça as adequações ambientais necessárias na propriedade rural.

No evento, também foram apresentados mais detalhes das ações e um status da implementação em campo com as atividades desenvolvidas pelo Senar. O FIP Paisagens Rurais vai beneficiar quatro mil produtores rurais, estimulando a adoção de práticas agropecuárias de baixa emissão de carbono em 100 mil hectares e de conservação e recuperação em sete mil hectares de área.

No caso do estado de Mato Grosso do Sul, o projeto tem como meta atender 600 imóveis rurais na área da ottobacia hidrográfica (método de codificação de bacias hidrográficas desenvolvido pelo engenheiro brasileiro Otto Pfafstetter, que inclui 8652 bacias) que contempla parte dos municípios de Campo Grande, Jaraguari, Bandeirantes, Camapuã, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Rio Pardo, Bataguassu, Nova Andradina, Alvorada do Sul, Sidrolândia e Terenos, situada na porção sudeste do estado, próximo às divisas com os estados de Minas Gerais e São Paulo.

“Até o momento já realizamos 736 visitas e atendemos 168 propriedades com assistência técnica e gerencial na cadeia da bovinocultura de corte. Os resultados esperados são aumento de produtividade, geração de renda, além de melhorias na cobertura vegetal da paisagem e no monitoramento das áreas de cerrado”, explicou Fabiano Pessatti, gestor do projeto no Senar em Mato Grosso do Sul. Um trabalho em plenária, identificando oportunidades de parcerias e a consolidação de encaminhamentos encerrou a oficina.

FIP Paisagens Rurais

O Projeto Gestão Integrada da Paisagem no Bioma Cerrado – FIP Paisagens Rurais é financiado com recursos do Programa de Investimento Florestal, através do Banco Mundial. A coordenação é do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, do MAPA, com parceria da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Embrapa e do MCTI, por meio do Inpe.