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Avaliação Participativa do PIB/FIP reúne técnicos(as), gestores(as) e beneficiários(as) dos oito projetos em Brasília

Nos dias 29 e 30 de junho, os projetos que compõem o Plano de Investimentos do Brasil (PIB) para o Programa de Investimento Florestal (FIP) estiveram juntos, em um encontro que reuniu cerca de 80 pessoas de dez estados brasileiros e Distrito Federal. A Oficina de Avaliação de Impactos aconteceu no prédio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

A oficina é parte do processo de avaliação conduzido pelo projeto FIP Coordenação. Em curso desde o ano passado, esse processo visa avaliar o desempenho e os resultados dos oito projetos e do Programa, além do seu impacto. A avaliação de desempenho já está consolidada, a de resultados está em sua fase final, e a de impactos se inicia com esse evento.

O objetivo da oficina foi envolver todos os segmentos do Programa na avaliação. Assim, beneficiários, técnicos e gestores refletiram, dialogaram e qualificaram os impactos de seus projetos, conferindo representatividade a todas essas esferas.

Para Pedro Bruzzi, coordenador do projeto FIP Coordenação, a representatividade é a chave do processo avaliativo:

O caráter participativo tem sido uma premissa de todo o processo de avaliação. O evento tem a virtude de reunir todos os segmentos do projeto, do planejamento à execução, da tomada de decisão até a ponta, assegurando a coleta de dados que refletem vários pontos de vista.

Bernadete Lange, especialista ambiental sênior do Banco Mundial e gestora do Projeto, destacou que o PIB/FIP já é considerado pelos parceiros uma ação de sucesso. Reafirmou a importância do evento e complementou:

Trata-se de um Programa enorme, de muita robustez. Neste ano, estamos comemorando dez anos do FIP no Brasil. Daqui a novos dez anos continuaremos a ver o impacto dessas ações.

Fotos: FIP Coordenação

DINÂMICA DA OFICINA

Na etapa de credenciamento, os convidados foram recebidos com um kit do Programa. A abertura do evento foi marcada por uma plenária, no auditório do MMA, em que os participantes receberam as boas-vindas dos principais gestores do Programa.

Pedro Bruzzi, anfitrião pelo projeto FIP Coordenação, abriu os trabalhos. Em seguida, tiveram voz os participantes da mesa de abertura, composta pelos(as) gestores e gestoras centrais do Programa: Clarisse Cruz, Diretora de Conservação Florestal e Serviços Ambientais no MMA e também Gestora do FIP Coordenação; Bernadete Lange, Especialista Ambiental Sênior no Banco Mundial e Gerente do PIB/FIP; Luiz Henrique Mourão, Coordenador Geral de Ciência para a Biodiversidade no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Gestor do FIP Monitoramento; Luiz Navarro, Coordenador de Políticas e Fundos de Financiamento para o Desenvolvimento no Ministério da Economia; e Sidney Medeiros, Auditor Fiscal Federal Agropecuário no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Gestor dos projetos FIP ABC Cerrado e FIP Paisagens Rurais.

Sidney reforçou a importância da avaliação:

Já fui resistente à ideia de avaliação. Mas, vi, na prática, os benefícios de um processo avaliativo bem conduzido. Hoje, sou um grande aliado.

A oficina foi distribuída em momentos de plenária e trabalhos coletivos. Os grupos de trabalho tiveram a função de refletir sobre os impactos dos projetos, conduzidos por facilitadores.

Confira aqui a programação completa.

BENEFICIÁRIOS

Uma das grandes virtudes da Oficina de Avaliação de Impactos do PIB/FIP foi a participação de beneficiários e beneficiárias dos projetos. O evento reuniu cerca de 25 pessoas procedentes da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins e do Distrito Federal, que se beneficiam de ações dos projetos PIB/FIP. São produtores e produtoras rurais do FIP ABC Cerrado, FIP Paisagens Rurais e FIP Macaúba; técnicos e analistas de diversos órgãos ambientais que utilizam os dados e sistemas do FIP Monitoramento e FIP IFN; representantes de povos indígenas e povos e comunidades tradicionais pelo FIP DGM Brasil.

“Show de bola!” foi a expressão usada por Maria José Bernardes e Diego Versiani para opinar sobre a oficina. Ambos são beneficiários das ações do Programa.

Maria José, produtora rural de Minas Gerais, beneficiária pelo projeto FIP Paisagens Rurais agradeceu a oportunidade de fazer parte da oficina e afirmou estar surpresa com a dimensão das ações:

Eu estou impactada positivamente. O evento vai muito além do que eu esperava. Eu vim sem ter ideia da grandeza do evento. Eu vi a imensidão que é o projeto. É muito grande! E é parte de um projeto maior.

MISSÃO CUMPRIDA

O processo de avaliação dos projetos e do Programa tem contribuído para a sistematização das ações do FIP no Brasil e para o aperfeiçoamento dessas iniciativas. Além dos documentos impressos e digitais já produzidos pelos projetos e de entrevistas com atores-chave, a participação na oficina cumpre sua missão de reunir as perspectivas dos diferentes atores dos projetos para a avaliação de impacto que está em curso. Certamente, a equipe de avaliadores terá um acervo amplo e diverso para trabalhar na avaliação participativa de impactos, diretos e indiretos, do PIB/FIP.

Além disso, a oficina de Avaliação de Impactos gerou resultados que não estavam previstos. Foi um espaço de intercâmbio entre os participantes que puderam trocar ideias sobre benefícios, desafios e tecnologias empregadas em suas propriedades e em seus ofícios. Foi uma oportunidade para conhecer mais sobre o contexto do projeto de que participam. Foi um momento de perceber como aquela ação lá na ponta, faz parte de uma política pública robusta e de como essas políticas interagem entre si.

A pesquisadora Marli Pires Morim, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), conseguiu resumir essa multifunção da oficina:

Eu tô me sentindo acolhida, ouvida. Acho que o evento aplicou uma metodologia muito legal! Eu não tinha a mínima noção desses projetos que estavam nesse grande guarda-chuva que é o FIP, o objetivo, a finalidade disso tudo. Eu realmente saio daqui com essa visão geral de todos esses projetos, da sinergia entre eles, onde eles se encontram e, principalmente, com a contribuição que eles tão dando pro FIP. Eu só espero ardentemente que prossiga. Parabéns ao evento!

Marli acumula os papéis de técnica e beneficiária no projeto FIP IFN. Como técnica, contribui para o processo de identificação das espécies coletadas; como beneficiária, destaca dois grandes serviços: do ponto de vista institucional, com o enriquecimento qualitativo e quantitativo do acervo do herbário do JBRJ; e como pesquisadora, a partir das informações geradas pelo projeto como novas espécies para a Ciência, novas ocorrências de distribuição geográfica e com a ampliação das pesquisas, a partir da publicação de artigos científicos, relatórios e papers.

Para além disso, a oficina ainda tem contribuições que fogem ao alcance desses dois dias de trabalho.
Diego Versiani, produtor rural de Minas Gerais atendido pelo projeto FIP ABC Cerrado, não imaginava que um dia estaria no MMA participando desse intercâmbio. Para ele, a sua participação na oficina vai gerar bons frutos. Algumas ações de outro projeto do FIP, o FIP Macaúba, chamaram a atenção do produtor para possibilidades que podem ser implementadas na sua região:

O povo lá (na minha região) é muito carente. Eu vou levar informação rica para uma comunidade, através de um projeto que já me beneficia.

O Projeto FIP Coordenação é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e executado pela Fundação Pró-Natureza (FUNATURA). Seus objetivos são: fortalecer a capacidade do Brasil de coordenar os projetos do Plano de Investimento do Brasil (PIB), monitorar a implementação do PIB e promover a sinergia entre os projetos.